sábado, 28 de abril de 2018

Book trailer do Livro Inocência Perdida.

Junte-se a emoção!
Um book trailer do meu livro Inocência Perdida, primeiro volume da Saga de um Pintor, produzido por Marissol Guimarães.
Onde encontrar: Saraiva (e-book) e Drago Editorial (Físico).
Créditos do trabalho:
Imagens: The Fall (Netflix); Tão forte, tão perto; As aventuras de Sharkboy e Lavagirl; X-Men o confroto final; Michael - Crônicas de uma Obsessão.
Música: The Last Stand (Shaun Taylor McManus).




Astralízia.

Finalização do conto Astralízia.
Espero que tenham gostado!



Quando Luther invadiu o apartamento de Lídia, anulou a magia. Olhou ao redor, fazendo um gesto com a mão, detendo os seus acólitos. Percebeu de cara que o Iluminat não estava ali e que Riane, junto com a bruxa, o havia levado para Astralízia. “Tempo perdido. Vou destruí-lo!”. Fez um sinal com a mão e, em instantes, encontrava-se em um extenso salão, ordenado por estátuas de seres que nem ele mesmo conhecia. Colunas que apoiavam o imenso teto de um material que ele nunca vira que apesar de indestrutível, mantinha um ar de fragilidade. A luz do dia e da noite adentrava a cúpula, iluminando todo o prédio, pois era isto que Pincelat era, um enorme salão. Acima, sobre uma elevação, existia uma poltrona feita de raízes entrelaçadas, segurando um tosco assento de madeira. Luther aproximou-se do trono, o que foi imediatamente repelido. Ele sabia que enquanto o Iluminat estivesse vivo, não poderia ter tudo o que queria.
— Isto está para ser meu.
Entretanto, não havia ninguém para escutá-lo, sequer respondê-lo.
Sorriu feroz enquanto virava-se e olhava para a porta sempre aberta de Pincelat. Seu adversário acabara de entrar.
Theo deteve-se à imensa porta, olhando para trás, percebendo os asseclas de Luther bem afastados, receosos não dele, e sim da energia que o lugar emanava.
— Eles apenas não podem aguentar a força de Pincelat. — explicou Lídia, avançando e com isto, fazendo com que Riane e Theo a seguissem. — Estão confusos, sem o domínio intensivo de Luther.
Theo não entendia, e sabia aquela não era hora de explicações. Devia se sentir satisfeito por não ter que enfrentá-los, pelo menos por agora. E, apesar de sentir um frio intenso na barriga, avançou por aquele mundo frio e branco, percebendo a maldade tentar envolvê-lo e influenciá-lo. Balançou a cabeça sorrindo. Ele nunca fora do mau e não seria naquelas circunstâncias que se voltaria contra tudo que acreditava. Daria combate a Luther com toda força que sabia possuir.
— Se você se entregar pacificamente, eu o mato sem lhe causar dor.
Theo parou pasmado com o disparate do que Luther havia lhe dito. Chegou mesmo a ter vontade de rir de suas palavras, controlou-se, apenas olhando-o com curiosidade. Não parecia grande coisa... Não ali, sem os seus bichinhos de estimação. Ficou a pensar porque ele estava tão apavorado com Luther na praça.
— Não se descuide. — sussurrou Riane ao seu ouvido, como se percebesse o que lhe ia ao intimo.
Theo concordou com um sutil meneio de cabeça e um sorriso. Então, avançou, sem uma única palavra, voltando a se deter, desta vez, bem próximo ao seu inimigo.
— Se você se entregar... Eu não o mato — disse num trocadilho como o que antes escutara. — e talvez eu lhe dê a oportunidade de pagar por seus pecados. — Espantou-se, nem parecia ele a falar. De onde vinha toda esta coragem!
Ouviu Luther rir, fazendo com que erguesse os olhos e o que viu o assustou. Eram duas chamas vivas, vermelhas, a irradiarem muita raiva, mesmo ódio. Havia força naquilo. Teve ímpeto de recuar e ladeado por Riane e Lídia a lhe darem forças, controlou-se, avançando mais alguns passos. Esperava que sua energia surgisse de repente, como antes havia acontecido e desse cabo daquele monstro, mas não tinha certeza de nada.
— Lembre-se — voltou Riane a lhe sussurrar ao ouvido. —, você tem a força de Pincelat ao seu lado.
Olhou Riane com carinho, enchendo-se de coragem.
“Depende de mim tudo isto ter um fim”. E com este pensamento, avançou, correndo na direção de seu adversário, seguido pelos dois. Ao mesmo tempo, Luther erguendo os braços lançava sobre eles, saindo de suas mãos, raios avermelhados que ao alcançá-los, jogara Lídia e Riane para trás, separando-os. Theo sentiu-se atravessar por milhares de agulhas, perdendo vitalidade. Porem, não se abrandou, puxando o resto de força que ainda tinha, jogou-se sobre Luther, caindo os dois ao chão.  
A briga, entre os dois, ostentava a força de duas potências. Não havia meio termo. Theo correspondia à altura da ofensa, deixando Luther tão ferido quanto ele estava. Mais afastados, Lídia e Riane tentavam ficar de pé e avançar sobre os dois, sentindo suas forças se esvaírem a cada passo que davam. Em um momento mais sortudo Theo conseguiu canalizar toda a sua energia, direcionando-a direto ao peito de seu adversário, lançando-o para longe. Luther ficou esparramado perto do singelo trono, parecendo morto ou pelo menos, inconsciente.

Rapidamente, Riane, agora solto, estendeu uma espada a Theo, indicando-lhe o corpo estendido de seu adversário.
— Trespasse seu coração! Rápido!
Theo avançou sobre Luther e antes de descer a lâmina fria e reluzente, olhou com seriedade ao homem inconsciente aos seus pés. Balançando a cabeça, ergueu o punho da espada com as duas mãos e estava pronto a descê-la com força e decisão, quando percebeu o que teria que fazer. Matar não seria fácil e sua indecisão, apenas momentânea, deixou a oportunidade passar.
Luther abrira os olhos e, num rompante, agarrou a espada que Theo tinha apontada em direção ao seu coração e sem se preocupar com o sangue que escorria de sua mão cortada, empurrou Theo com força e magia, fazendo com que o Iluminat fosse lançado longe.
Vendo a reação de Luther, tanto Riane como Lídia avançaram, tentando impedi-lo de ferir Theo, desgraçadamente, a força deste era por demais poderosa e se sentiram, mais uma vez, tolhidos em seu intento. Sem que tivesse qualquer empecilho, Luther agarrou Theo pelo pescoço e o ergueu com facilidade, enquanto seu adversário, sentindo-se sufocado, tentava se desvencilhar, sem sucesso.
— Sua morte vai ser rápida e sem dor — Ouvia Theo, com o rosto arroxeado e prestes a desfalecer. —, mas a de seus amigos — e, com isto, olhou aos dois que estavam paralisados, apenas assistindo, sem que pudessem fazer nada. — farei questão de levar um tempo bem longo e doloroso, com tudo que almejo para eles.
Theo estremeceu e tentou dar uma olhada aos dois, mesmo sabendo que seria impossível. Além de contido, seus pés balançavam no ar, pois Luther era bem mais alto e forte do que ele. Sentia suas lágrimas escorrer por seu rosto e molhar o braço estendido de Luther.
— Riane me traiu. — continuava Luther, como se estivesse a se justificar. — Ele era meu braço direito. Usou-me para salvá-lo de conluio com esta bruxa! Esteve do seu lado desde sempre. — e, enquanto esbravejava enfurecido, Luther sacudia o corpo de Theo, como se este fosse um boneco. — Não posso ter traidores ao meu lado... Ele será um exemplo para todos.
Theo fixou seus olhos atordoados e brilhantes pelas lágrimas, nos olhos de Luther. Estava, além de apavorado, com muita raiva do que ouvia daquele facínora. Como ele ousara dizer que torturaria aos dois. Faria de Riane um exemplo! Seu Riane! Esticou-se, erguendo suas mãos e como Luther, fechando-as no pescoço deste. Queria revidar, infelizmente, estava muito fraco. E o pior, Luther ria estrondosamente de sua frágil tentativa. Tentou se soltar mais uma vez, mas as mãos de seu adversário pareciam coladas nele.
— “Lute! Você é muito mais do que Luther...”.
Ouviu de repente em sua mente e soube que era Riane a lhe dizer isto.
— “Deixe despertar a sua magia, Theo”.
Ele bem que queria, contudo não conseguia. Na verdade, não sentia nada. Não era como na praça, aquilo fora diferente, ela viera do nada e, em um milésimo de segundos, destruíra seus inimigos. Fora algo descontrolado.
— “Algo deve ter despertado a magia”. — começou a lembrar-se do que acontecera. — “Eu estava feliz pela chegada de Lídia e então...”.  — Devia ter sido isso, ele calmo.
Fechou seus olhos e controlou seu medo, ao mesmo tempo em que sentia que uma força o envolvia de dentro para fora. Seu corpo parecia enorme, ao ponto de não mais sentir as mãos de Luther em seu pescoço e foi então que abriu os olhos, encarando-o. Este estava afastado, pálido, escorando-se à parede e com os olhos arregalados em sua direção.
Surpreso, Theo ergueu sua mão direita e espantou-se, não se alarmando com a enorme pata, cheias de garras. Era uma fera enorme e sua boca carregada de afiados dentes, e estava flutuando diante de Luther.
 “Esquisito”.  foi o que pensou, divertido, compreendendo o que tinha que fazer, fechou suas poderosas garras sobre seu inimigo e sem pensar, apenas rasgou a garganta de Luther, fazendo com que este fosse ao chão, com a aparência de morto.
— A espada! — Gritara-lhe Riane, sem receio de sua aparência, aproximando-se aos tropeções, pois os dois, ele e Lídia, estavam bem feridos.
Theo o olhou por um momento e depois, sabendo que teria que ter mãos para pegar a espada, voltou a sua forma humana. Sem deixar de prestar a atenção no corpo de Luther, agora com a poderosa arma que vibrava em sua mão, avançou para o seu inimigo e, com os olhos fixos no peito dele, fincou a espada, atravessando músculos e o coração. Ao mesmo tempo, de suas mãos, filamentos de luz seguiam o mesmo caminho, penetrando o corpo agora, realmente, sem vida de Luther. Não tinha nenhuma ideia do que estava acontecendo. Exausto, largou a espada fincada em Luther e arrastou-se até o trono, se jogando nele.
— Acabou?
Riane e Lídia que examinavam o corpo de Luther o olharam.
— Sim. — respondeu Riane a rir.
Theo o olhou cismado.
— O que houve? — perguntou aborrecido.
Riane indicou o lugar em que ele estava sentado.
— O que tem? É uma cadeira... Não é?
Lídia aproximou-se.
— É um trono... O seu trono, Theo.
Theo olhou aos dois e fez um gesto vago com a mão.
— Estou muito cansado para discutir...
Na verdade, os três estavam.
— E agora?
Riane adiantando-se, ajoelhando-se em frente a Theo e apoiando-se nos joelhos deste, respondeu:
— Vamos para casa.
Theo abriu um lindo sorriso.

⁂⁂⁂

Lucas sacudiu Otávio com o cotovelo e quase fez com que esse derrubasse o seu café.
— Veja! Alguém acendeu a luz...
Otávio pegou o celular, ligando para o seu apoio.
— Ouviu algo?
— É só a empregada. — respondeu seu apoio.
Isto queria dizer que o turno dos dois estava findando.
Ajeitaram-se no carro, pois estavam esparramados e Lucas, assim que viu a sua troca despontar no inicio da rua, ligou o carro, saindo, agradecendo por uma noite tranquila, apesar de enfadonha. Ao descer pela rua principal, deu com dois rapazes perto do ponto de ônibus, abraçados, apenas o olhando. Estremeceu, sabia que os conhecia, não de onde. Teve ímpeto de parar, mas Otávio resmungou alguma coisa e ele desviou a atenção. Quando olhou pelo retrovisor em busca dos rapazes, percebeu que eles haviam sumido.
— Eles não se lembram de nada...
Riane concordou.
— É o melhor para eles.
— Mas Lídia não precisava ter apagado a memória de meus amigos. — resmungou Theo, aborrecido.
— Ela já explicou a você a razão.
— Eu sei, mas não gosto. — respondeu fazendo um muxoxo.
Riane riu divertido, depois enlaçou Theo pelo pescoço e antes que este reagisse, deu-lhe um beijo na boca de tirar o folego, mesclando suas línguas, já que Theo não se fez de rogado, correspondendo ao carinho com o mesmo desejo.
Quando sentiram faltar o ar, se desligaram.
— Vamos?
Theo sorriu e os dois de mãos dadas desceram a rua até desaparecerem em meio aos primeiros raios do sol nascente.
                           
Fim.

                                                           

terça-feira, 17 de abril de 2018

A Saga de um Pintor está crescendo!

Sucesso crescente aos escritores brasileiros!!!
Parabéns Priscila Marcia Mariano
 · 
Uma história de cortar a alma de quem lê!😌❤️
Priscila Marcia Mariano adicionou 2 novas fotos — sentindo-se realizada.
Meu livro Inocência Perdida tem agora seu irmão... Doce Ilusão! É uma história de cortar o coração e afogar em lágrimas. Porém é uma verdade que acontece em muitas casas no Brasil e no mundo. Vamos conhecer a história de Felipe? 🤗❤️
De repente, há uma surpresa para os meus leitores... É só falar comigo por e-mail. (pm.priscilamarcia@gmail.com)

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Promoção do Livro Inocência Perdida!

Olha o precinho bom da Drago Editorial!!!
Drama
A Saga de um Pintor "Inocência Perdida" - P. M. Mariano
Oferta especial 
Sinopse: Até onde vai a crueldade humana? Felipe sentiria na alma e no corpo que tudo não é apenas carinho e amor. Após descobrir que tinha uma família, viu que os anos passados no abrigo São Marcos, foram os melhores de sua vida. E que a felicidade que tanto desejava em família, era ilusória e, aos pouco, descobre que a vida não é tão simples, e que até mesmo entre famílias existem monstros.
           Aos onze anos sentia na pele a violência e a crueldade daquele que deveria amá-lo e protegê-lo.
O que poderia fazer, se a vida de seu irmão dependia de ele aceitar os caprichos de uma mente doentia? Como fugir do monstro que vivia a seu lado? 
Esta é a história de um menino que tinha rosto de anjo, mas viveu um inferno na vida. 

Seu preço: R$39,90 para R$34,90 🤗🌷
ou até 7x de R$5,60


A Luz e a Escuridão.

Uma aventura para lá de eletrizante... 😉👏👏
Onde encontrar: 
Amazon (E-book): https://www.amazon.com.br/Luz-Escurid%C3%A3o-Priscila-Marcia-Mariano-ebook/dp/B018F7AV76
Clube de Autores (físico): https://www.clubedeautores.com.br/book/225684--A_Luz_e_a_Escuridao#.WtE6o4jwbIV


domingo, 8 de abril de 2018

Trecho de Astralízia.




Theo ficou analisando os estranhos seres que avançavam pela rua e adentravam o prédio de Lídia. Alguns, inclusive, subindo pelas paredes, literalmente. Ele então se lembrou da praça e estremeceu. Muitos deles eram iguais aos que ele presenciara, cercando-o e ficou imaginando aqueles dentes pontiagudos em sua carne, rasgando-o, destroçando seus ossos. Seu instinto o mandava correr, esconder-se debaixo de uma cama. Infelizmente, sua razão lhe dizia para ficar, lidar com o problema. Era a sua única chance de vida. Sem perceber, aproximou-se de Riane, buscando sua proteção e este, com carinho, o enlaçou pelos ombros, aconchegando-o próximo ao seu corpo.
— Como vamos lidar com isto?
Todos olharam para Otávio que apesar da aparente palidez em seu rosto, mantinha às mãos um rifle pronto a decepar a primeira cabeça que surgisse muito perto do janelão de vidro.
— Eles não podem entrar em meu apartamento. — começou Lídia com seriedade. — A magia impede que ultrapassem seus limites e se tentarem, serão consumidos por ela. Apenas Luther tem a força para suplantar a minha luz... E ele não tardará a aparecer aqui. Temos que ir a Astralízia.
Riane franziu o cenho e olhou aos dois humanos.
— E eles?
Lucas e Otávio o olharam ao mesmo tempo.
— Eles não sobreviverão em Astralízia.
— Se ficarmos, teremos o mesmo fim.
Lídia adiantou-se fazendo com a mão um gesto para acalmar aos três.
— Posso mandá-los para bem longe daqui. ⸻ E antes que Lucas e Otávio pudessem retorquir sobre o assunto, desapareceram, deixando um vazio na alma daqueles que haviam ficado.
— Eles ficarão bem?
Lídia não respondeu a Riane e este com um sorriso, não insistiu.
— Vamos?
Theo ficou, por instantes, propenso a se beliscar e acordar daquele pesadelo, mas sabia que estava mais do que acordado. Pensou nos amigos que deixaria. No emprego que com tanto custo arranjara. Na sua vida costumeira. Tudo parecia tão confuso e difícil. Estava com medo, e sabia que não podia ficar. Olhou mais uma vez para aqueles que avançavam sem tréguas, subindo pela parede, voando ao redor, grasnando terrivelmente. Era uma situação em que ele não deixaria para trás, pois, provavelmente, em Astralízia haveria muito mais à sua espera. Engoliu em seco e com os olhos nos dois amigos, concordou.
Antes que pudesse piscar, foi varrido por um redemoinho luminoso e em segundos, encontrava-se ladeado por Riane e Lídia, em uma imensidão branca, resplandecente, uma planície maravilhosa.
— Seja bem-vindo a Astralízia.
Theo olhou a amiga, estremecendo. Era lindo e estranho, alguma coisa lhe dizia que naquela beleza toda, havia muita maldade.
— E agora? — perguntou, tentando se controlar e agir como adulto. — Que faremos?
— Vamos enfrentar Luther.
— Ganhar — completou Riane sério. — ou morrer.
Ninguém comentou aquelas palavras, ficando apenas a se entreolharem. Theo sabia que não era o único com um frio crescente em sua espinha. Todos estavam com medo, não só por eles, também pelo que se transformaria Astralízia se Luther conseguisse destruir o Iluminat. Portanto, avançaram.
O silêncio entre os três chegava a ser sufocante, não era por falta de assunto e sim, pelo receio do que os esperava mais adiante. Principalmente Theo que pouco ou quase nada conhecia da vida e dos moradores de Astralízia.  Os únicos que vira não lhe deram boa impressão. Na verdade, sentia-se apavorado, sem expectativa de sair vivo daquela confusão.
Quando seus olhos deram com a razão de estar ali, percebeu a importância de tudo que passara, não só naqueles dias, e por todos os seus vinte e dois anos. A magnifica estrutura que se erguia a frente dos três era imponente, suas torres eram diáfanas, cercada por uma aureola da mais límpida energia. Trazia uma força interior que Theo podia sentir em seu próprio coração. Lembrava-se vagamente de tê-la visto em tempos imemoriais. Entretanto, não se parecia com a que bem recordava. Sabia até mesmo o nome daquele castelo, pois era exatamente isto que ele via. Um castelo.
— Pincelat. — grunhiu como se quisesse deixar aquele nome lembrado apenas por ele. — O que aconteceu?
— Luther aconteceu.
Theo olhou Riane, vendo-lhe a raiva, a seriedade em seus olhos.
Astralízia estava cinza. Onde antes Theo via a luz da lua e das estrelas, havia apenas a escuridão. Sem falar da sensação que saia do castelo era ruim, impregnando não só as cercanias, como a própria Astralízia.
— Temos que destruí-lo.
Riane e Lídia, surpresos, o olharam. Não parecia Theo a dizer aquilo.
— Só não sei como fazê-lo...
E, sem esperar pelos dois, começou a se adiantar em direção a Pincelat.
— Mas vou descobrir um meio.

⁂⁂⁂

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Grande promoção no Amazon!!!

Promoção!!!
Lolita! Sábado e domingo, grátis no Amazon. 😊❤️
Sinopse: Lolita é um pequeno exemplo de que a vida de felicidade e amor pode escapar de uma hora para outra, e que seu mundo, sua família, podem deixar de existir diante de seus pequenos e incompreensíveis olhinhos, onde ela apenas busca se enquadrar em sua nova e difícil vida em meio às ruas de uma cidade cruel e desumana.
Esta é a história de Lolita, que apesar de todo o sacrifício passado, nunca deixou a esperança morrer, vendo que entre tantos, podia encontrar uns poucos que a olhassem com amor e respeito.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Trecho de Astralízia (continuação)



O apartamento de Lídia era amplo, cheio de luz, carregado de móveis de cor branca, como se quisesse espantar a escuridão que dominava lá fora. Era um ponto que sempre iluminava o bairro Pinheiros, em São Paulo. Theo estava acostumado a dormir com a amiga e sabia de sua esquisitice, mas nunca imaginou que muito disto tinha a ver com ele. Na realidade, agora, percebendo bem, ele nunca vira aquele apartamento no escuro. A amiga deveria pagar uma fortuna em luz.
Estavam os três sentados no enorme sofá. Lucas e Otávio escorados a janela, observando a avenida lá embaixo, silenciosa.
— Começa — falou Theo, olhando ora para Lídia, ora para Riane. —, quando vocês se conheceram? — E fez um gesto com a mão, indicando-os. — Quero saber de tudo.
— Deixe que eu fale Lídia — e como ela assentiu, Riane prosseguiu, enquanto se erguia ficando diante de Theo: —, conheço sua amiga há uns duzentos anos. — Viu que além de Theo, os dois humanos também haviam resmungado alguma coisa. — Eu sou um mago e Lídia é uma bruxa.
— Isto não existe...
Porém parecia que Theo não tinha muita convicção em suas palavras.
— Lídia veio para esta dimensão para ficar de olho em você, a meu pedido.
— Por quê?
Riane ergueu-se a andar pela sala, inquieto.
— A cada mil de seus anos, em Astralízia, um Iluminat é gerado para que tome o lugar daquele que está morrendo. Isto aconteceu há vinte e dois anos.
Theo sentiu um arrepio de frio percorrer a sua espinha e se encolheu como se soubesse o que vinha a frente.
— Há vinte e dois anos você nasceu de uma Estrela. Deveria ter tomado o seu lugar por direito, mas Luther achou que Astralízia ficaria bem sem um Iluminat e tentou te destruir. Lídia conseguiu arrebatá-lo trazendo-o para esta dimensão e ficou de longe, resguardando-o de qualquer mal que pudesse vir de Astralízia.
— Mas... — questionou Theo, tentando aceitar tudo aquilo. — Você me beijou, como se me conhecesse.
— Eu o conheço Theo — Riane começou a se transformar em um antigo namorado de Theo, deixando este ainda mais confuso. —, e você também me conhece.
Agora Theodoro estava em pé, irado, voando em direção a Riane.
— Você sumiu! — rugia, enquanto batia no peito deste. — Eu me desesperei... Pensei no que havia feito de errado. — Olhou Lídia com os olhos em fogo. — E você sabia disto tudo e não me disse.
— Ela não teve culpa. Eu pedi para que não falasse nada. Eu precisei voltar a Astralízia, pois Luther havia descoberto que você estava nesta dimensão, só não sabia onde. Você ainda não estava desperto.
— O que aconteceu quando você completou dezoito anos, Theo.
Theo olhou para a amiga, ainda irritado.
— Os pesadelos?
— Eram ocorrências em Astralízia. — respondeu Riane com calma. — Mesmo aqui, seu poder ainda está ligado a nossa dimensão e sente e vê tudo que acontece por lá.
— Eu pensei que estava enlouquecendo.
Riane tentou abraçar Theo para confortá-lo, este fez um gesto e o enxotou.
— Eu queria que tivesse sido de outra forma... — tentou Riane se justificar.
Theo o olhou bastante sério.
— Estou com raiva de você.
Riane sorriu. Conhecendo Theo, como ele conhecia, sabia que a raiva logo passaria.
— Não fica com esse sorriso não. — retrucou Theo fechando a cara.
— Então...
Todos olharam para Lucas, que até então, junto a Otávio, apenas escutava.
— Este Luther está aqui e procurando por ele.
Riane confirmou com um grunhido, havia se esquecido dos humanos.
— E com ele... Aquelas coisas?
— Sim, e outras coisas também.
Otávio se adiantou e olhando Theo, perguntou:
— O que é um Iluminat?
Foi Lídia quem respondeu.
— O Iluminat é um ser Australino, com grande poder e uma alma pura. — deteve-se com a risada de Theo. — É ele quem mantem o equilíbrio entre nós, os de Astralízia, mantendo-nos em igualdade e paz.
— Era só o que me faltava — rugiu Theo. —, agora sou uma babá de paranormais.
— Sim, você é! — falou rude Riane, segurando-o pelos ombros. — Assim como um juiz e executor.
Theo olhava-o fito nos olhos, com os seus arregalados.
— Posso interromper?
Todos olharam Lucas.
— Eu sei que a conversa está boa. — e apontou pela janela. — Lá embaixo saindo do rio, temos muitas destas tais coisas a cercar a rua e o prédio. Acho que descobriram onde Theodoro encontra-se e o vieram pegar.
— Se eles estão aqui, Luther também está. — retrucou Riane, com os olhos para a rua e o rio que se estendia ao largo.

⁂⁂⁂

domingo, 1 de abril de 2018

Um poema para lembrar o porquê da Páscoa!

Alma Divina

Ele veio das alturas,
Com suas asas alvas, reluzentes.
Transbordando de alegria e determinação,
Para dar seu coração,
Àqueles que tanto precisavam.
Ele caminhou entre multidões,
Buscando a paz que o homem almejava,
Dando-se com coragem,
Em sua oratória tão divina,
Diante do homem insensível e cruel.
Ele chorou lágrimas de dor,
Enquanto sua alma assistia,
A derrocada de seus irmãos.
Ele construiu o alicerce,
Buscando dar ao homem,
Os degraus de sua evolução.
Hoje, em busca de paz,
O homem chora lágrimas de sangue,
Esquecendo que Ele,
Deu tudo de si para o homem,
Deixando-se imolar em uma cruz,
Nunca esquecendo então,
Seus irmãos em Deus.
01/04/2018
Priscila Marcia Mariano.